domingo, 15 de julho de 2012

São Gilberto e os doentes e enfermos

           

            Uma das grandes preocupações de São Gilberto foi certamente a questão dos doentes e enfermos de seu tempo.
             Ele mesmo que tinha uma certa deformidade física, sabia e conhecia muito bem a debilidade do ser humano e de suas necessidades diante da doença e da enfermidade.
             Em quatro  de suas fundações haviam albergues para abrigar e acolher os doentes ao redor de suas comunidades religiosas, inclusive havia uma casa para os gilbertinos doentes. Já era sua preocupação cuidar e dar dignidade para os enfraquecidos na saúde dos seus e dos que viviam na marginalidade da vida humana.
            Certamente ele compreendeu muito bem a máxima de Jesus para o dia do julgamento: "Estive doente e cuidastes de mim" (Mt 25, 36b).
            O Priorado de Santa Catarina em Lincoln tinha sob seu cuidado o hospital do Santo Sepulcro e as irmãs mais tarde foram chamadas para tomarem conta dos doentes. O Priorado de Clattercote, tinha um hospital para pessoas com lepra junto dele. Era um hospital para os membros da ordem.
            Em Marlborough, no priorado de Santa Margarida, os gilbertinos cuidavam do hospital de São Tomás que era uma dependência dos religiosos. O Priorado de Fordham tinha fundado um hospital em 1279 e era mantido pelos gilbertinos para um grupo de 14 pobres doentes. Também o Priorado de Watton mantinha um hospital.
            Além dessas fundações para o atendimento dos doentes haviam ainda os albergues para acolher e cuidar dos pobres. Sua preocupação era devolver a vida e a dignidades do todos aqueles que inspiravam um maior cuidado e zelo pastoral.
            Havia uma unidade entre a evangelização e a promoção humana, tão importante no espírito de São Gilberto e de seus religiosos. A ação a favor da justiça e a participação na transformaçaõ do mundo são elementos que fazem parte da pregação do Evangelho. É ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo.
           Os doentes são os mesmos em todos os tempos da história, o que muda são apenas os tipos de crucifixão em que eles participam do mistério da Cruz de Jesus Cristo. E hoje mais do que nunca os doentes na sociedade que exclui a Deus são destinados a serem deixados de lado, não tem muita serventia para o homem moderno que se tornou o centro e o absoluto de si mesmo.
            São Gilberto compreendeu que a contemplação do rosto sofredor de Cristo, nos que sofrem com a sua doença e sua enfermidade, os conduz  para que trilhem pelos caminhos do Senhor que  os levarão à mesma união de Jesus com todos aos quais Ele devolveu a vida e a dignidade.
           Para uma aproximação com os doentes é preciso ter um despojamento de todo tipo de preconceito para poder assim entrar naquilo que é o domínio deles: a sua dor, seu sofrimento e seu sentimento de abandono. O serviço aos doentes nunca será humano se não caracterizar-se pela caridade de Cristo que nos impulsiona para a compaixão, ternura, mansidão, misericórdia.

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