Foi ao término do reino de nosso
primeiro William que Gilberto nasceu, mas o ano exato é desconhecido.1 Seu pai, senhor Joceline, era um
cavaleiro normando, e um bom soldado, cujos serviços tinham sido recompensados
por muitos donativos de terra no condado de Lincoln, e especialmente com o
senhorio de Sempringham naquele condado. Ele era provavelmente um dos
cavaleiros, ou nobreza inferior do reino.2
Sua mãe era uma senhora
saxônica, um filha de um proprietário livre, e da mesma linha de seu marido.
Ele é assim em primeira instância da mistura dos sangues normando e saxão, e
assim, como ser visto mais tarde, seu caráter tinha algo mais da simplicidade
da raça de sua mãe, ainda que certa jornada aventureira no continente mostrasse
que ele tinha também alguns do espírito dos homens de sua família, que vieram desta
terra para ganhar a Inglaterra, o sul da Itália e a Sicília.
Mas
pouco é conhecido sobre seus pais, e eles logo desaparecem de sua história,
assim que muito provavelmente morreram antes de ele ter atingido a idade da
masculinidade. Tudo isso aparece de seu cronista é, que eles viveram em seus
estados “no meio de seu povo”. Um pouco antes de seu nascimento, é dito que sua
mãe sonhou que a lua tinha descido do céu, para repousar sobre seu seio; e seu
discípulo viu nisto um presságio que sua infância, fraca, doentia e repugnante
como o crescente da nova lua, era destinado pela graça do Sol da justiça a
expandir em plena forma da órbita da claridade.
Em
todos esses eventos é certo que, como criança, ele não era o favorito com
aquilo sobre ele. Suas recordações de sua infância, como ele usava depois, em
extrema idade adulta, para contar aos seus cônegos, eram muito dolorosas. Ele
era fraco, singelo, e tímido; seu pai não via nele nenhuma qualidade, nem de
mente, ou corpo, para torná-lo um soldado. Ele era assim, “por divina
providência, em sua jovem idade”, destinado para ser um clérigo; não tinha sido
em sua infância doentia, ele podia ter sido em todos seus dias um barão
estúpido, gastando todo seu tempo em tristeza, com armadura em suas costas.
Ainda aqui, entretanto, ele não parece em princípio ter encontrado seu
ambiente; como muitas crianças ele desgostava de seus livros, e por um longo
tempo ele parece ter sido permitido ficar fora de si como ele queria. Seus
traços eram doentios, e nada é dito em sua história sobre o amor de sua mãe.
Ele
era visto um pouco mais do que um idiota, e ele costumava dizer de si mesmo que
os muitos servos podiam duramente sentar à mesa com ele tão era negligenciado e
desprezado. Assim Deus protegeu-o da falsidade das riquezas, por isto é
expressamente dito que seu pai era um homem rico. Ele foi nutrido na escola da
pobreza e humilhação, e a aparência triste de sua doentia e desagradável
infância apoiou-se sobre ele através de sua vida, moderando o desejo de
prosperidade.
Com é freqüente o caso com crianças
melancólicas, as reprovações de seus amigos, ou da expansão natural de sua
mente, produziu uma reação repentina, e ele começou a aplicar a si mesmo a
estudar. Seus pais vendo-o tomar seu turno determinaram enviá-lo a Paris;1 de lá então no princípio da juventude
ele foi, para os principais centros de ensino na Europa. Nossa própria Oxford,
entretanto mais antigo como centro de ensino que Paris, não tinha ainda
atingido sua celebridade.
Ela
era uma forte e bela cidade, com seus castelos erguendo-se alto no meio dos
cursos de água com tudo sem fechá-los,2 mas isto era então melhor também como proteção bélica para ser um grande centro
de estudos, e tinha que estender também muitos sítios ante os ataques
eminentes. Nem, de fato, era Oxford mesmo um centro intelectual da Europa, como
era Paris; assim o Arcebispo de Cantuária era “o Papa das longínquas terras”,
assim tinha Oxford um mundo próprio, com intelectuais tão ativos quanto
perspicaz como qualquer um que regia nas escolas do continente. Mas Paris
tinha, mesmo nos tempos de Gilberto, suas quatro raças, uma das quais incluía
também o extremo oriente.3 Para Paris então e não para Oxford, foi
Gilberto; e ele podia, tinha agradado-o, ter
encontrado alimento suficiente para sua curiosidade, para as disputas
entre os Realistas e os Nominalistas que
tinham começado já a serem ouvidos nas escolas de Paris. Roscelinus, o oponente
de Santo Anselmo, tinha ensinado em Pari; e lá estava uma pessoa naquele tempo
na França cujo nome tinha se difundido tanto como chefe dos Nominalistas.
Pedro
Abelardo era ainda um jovem, embora cerca de dez anos mais velho que Gilberto.
As carreiras dos dois, entretanto, seriam muito diferentes; as condições das
escolas eram banidas da vida de Gilberto; e não é conhecido quem era o seu
mestre, se Bernardo de Chartres, ou William de Champeaux, ou Abelardo mesmo.
Nada, entretanto que ele era em tempos depois, um professor distinto na
Inglaterra, mas isso não era a vontade de Deus que o intelecto pudesse ser a
mais proeminente parte de seu caráter. Tudo isso é dito de seus estudos na
escola de Paris é, que ele completou por sua diligência pelo desperdício de
seus primeiros anos, e “recebeu um talento abundante de aprendizagem”. Mas
provou ser uma boa escola de disciplina para ele, e uma mudança marcou o
acontecimento de seu caráter; ele tinha que lutar pela pobreza, porque seu pai,
apesar de toda sua riqueza, deu, todavia um pobre sustento ao seu filho que o
tinha desapontado. De novo, em meio a todos os perigos que o cercavam, por uma
severa pureza, ele ofereceu seu corpo como um sacrifício ao Senhor, e assim a
graça de Deus treinou-o para o trabalho que ele estava destinado a realizar na
Igreja.
Não é conhecido quanto tempo ele
permaneceu em Paris, mas ele retornou à Inglaterra com o grau de mestre e com
licença para ensinar.1 Ele não
era daqueles que permaneceram sobre as montanhas de Santa Genoveva, disputando
repetidas vezes novamente sobre as velhas questões, que eram para ser
encontradas por seus amigos depois de um longo ano depois sem um pouquinho
avançado do ponto de onde eles começaram. Nem ele reparou como fez muitos
estudantes naqueles dias, a Salerno, para exercitar mais tarde a mais
proveitosa arte da medicina. Nem de novo ele procurou as cortes de rei ou
prelado para fazer sua fortuna. Ele nem mesmo procurou o claustro, muito menos
lá, como disse o secreto satírico 2 das
escolas, conter seu coração orgulhoso sob o capuz de São Bento e libertar a si
mesmo da disciplina conventual, por mantendo sua velha profissão. Ele retornou
para a Inglaterra, para seu lar na casa de seu pai, e abriu uma escola, ou,
para dar a si mesmo seu próprio título, ele tornou-se um mestre regente.
Neste tempo, um mestre de escola era
um gomem de grande importância; sua pessoa era tão inviolável quanto à de um clérigo,3 e ele era considerado como um
personagem meio eclesiástico. Este ofício era o passaporte para o favor de reis
e para a dignidade eclesiástica. Dois regentes de escolas de Bec neste tempo
sucessivamente sentaram-se nos tronos de Cantuária; Geoffrey, o mestre de
escola de Santa Catarina, tornou-se abade de Santo Albano, onde uma grande
biblioteca 4 tinha recentemente sido armazenada nos
armários pintados por Paulo, o primeiro abade normando, e uma terra inteira reservada
para sua manutenção. A educação no país estava então encarregada sobre as
velhas escolas que tinham sido conectadas com os mosteiros e as catedrais e
outras igrejas.5 Ninguém poderia ensinar
sem uma licença, e isto era para ser obtido de qualquer mestre que ele mesmo
era o administrador de uma escola. 6
Algumas
vezes um secular regia uma escola de monges, e um monge podia reger uma escola
secular,1 mas todas estavam sob o
controle e o patrocínio da Igreja, como os decretos para sua proteção testifica 2 e isto era considerado quase simonia
para levantar dinheiro para uma doação para uma escola, e ninguém podia mesmo
alugar sua escola para um outro mestre. As universidades estavam continuamente
enviando mestres, que montavam escolas para si mesmas; e a igreja o mais rápido
possível, nos tempos do Papa Alexandre III, fortalecia as autoridades das
velhas escolas, em ordenar que cada capítulo da catedral pudesse reservar um
benefício para o mestre da escola, “porque a igreja de Deus, como uma mãe pia,
é obrigada a providenciar para o pobre, a fim de que a oportunidade de leitura
e salutar a eles mesmos pudesse levar longe deles”. Ao mesmo tempo, o mesmo
papa 3 encoraja até o máximo para o
estabelecimento de novas escolas, onde os mestres poderiam necessariamente ser
pagos pelos alunos, por medo sob um anátema de algum dignitário da catedral de
extorquir dinheiro para uma licença, de alguns daqueles que desejavam organizar
uma escola, provido ele de apenas o necessário.
Desta maneira estava a situação na qual
Gilberto estava localizado; ele tinha que achar seu jeito de volta ao lar de
sua juventude, onde ele viveu negligenciado e desprezado, mas ele era agora
muito mais uma pessoa importante do que quando ele partiu e era considerado por
seu pai como um filho degenerado. Agora todo o condado a redor, de uma grande
distância, vinham para ouvir o novo doutor de Paris. Não apenas garotos estavam
sob seu cuidado e jovens tornaram-se seus ouvintes, mas garotas e senhoras
também vinham para ser instruídas por ele.
Mulheres não estavam em atraso no entusiasmo intelectual neste tempo.
Aprender era uma questão romântica, uma terra desconhecida, na qual mesmo as
mulheres poderiam partir e fazer descobertas.
A bem conhecida Heloísa irá suceder a todas, e as filhas de Manegold, um
mestre celebrado em seus dias, ensinavam filosofia para aquelas de seu mesmo
sexo.
Aqui,
então, Gilberto encontrou-se a si mesmo numa situação de grande
responsabilidade. A obscura vila de Sempringham tinha rapidamente, através de
seus recursos, levantou-se de um salto para uma ampla escola. Seu pai não mais o via como um descendente
indigno, e encontrou aquilo que ele podia ser beneficamente e mesmo
honestamente empregado sem quebrar ossos em torneios o caça e caçadas em suas
terras. Ele por essa razão, ao invés de
abandoná-lo para juntar aos poucos uma subsistência precária de seus alunos,
apoiados por ele com suas posses, e isto capacitou Gilberto a assumir uma
autoridade sobre seus alunos, que ele não poderia de outro jeito ter mantida. Ele
caminhava vestido como o filho do senhor de Sempringham, mas todo o tempo ele
era um coração de monge, e ele começou imediatamente a formar seus alunos em
associação, que poderia salvá-los dos perigos nas quais as situações os
expunham. Não contente em ensiná-los o trívio 4 e o quadrívio, ele tornou-se seu guia espiritual, e sujeitava-os a uma espécie
de disciplina monástica.
Conhecendo como um respiro poderia arruinar a beleza
inocente da infância, e ainda como facilmente a santa disciplina pode excluir o
conhecimento do mal ate que a alma esteja forte o bastante para lutar contra
ele, ele ensinou-os a consagrar seu tempo todo a Deus. Os meninos dormiam
juntos no mesmo quarto, onde eles poderiam ser controlados; ele ensinou-os
reverência na igreja, e em certos tempos e lugares um silêncio religioso era
observado, e eles tinham condicionado tempos para estudo e oração. Ele estava
agora muito feliz do que ele tinha sido antes, amado e honrado em seu próprio
lar, e o guia de crianças felizes e de um grupo de jovens e senhoras, que
louvavam a Deus sob sua direção.